terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

O hormônio da confiança
Suzana Herculano-Houzel


Não estava no estudo, mas uns abraços antes da discussão devem surtir um efeito parecido: abraços são a alternativa natural -e bem mais agradável- ao vidrinho de ocitocina vendido na farmácia da esquina. Suzana Herculano-Houzel é neurocientista, professora da UFRJ e autora de "Sexo, Drogas, Rock'n'Roll & Chocolate" e de "O Cérebro Nosso de Cada Dia". Artigo publicado na ?Folha de SP?: Toda interação social -amizade, troca de informações, compra e venda e mesmo um simples pedido de ajuda com um endereço a um estranho- envolve uma avaliação de confiança: o quanto você pode acreditar na pessoa à sua frente? É claro que decisões sobre a confiabilidade alheia envolvem questões sociais complexas. Mas a biologia não fica de lado. Afinal, interações sociais são, antes de mais nada, trocas entre seres que possuem uma biologia bastante parecida, sujeita à influência das mesmas moléculas, como a ocitocina, produzida pelo cérebro, mas que pode chegar até ele pelo nariz. Antes apenas um hormônio associado à lactação e ao parto, a ocitocina hoje é reconhecidamente uma substância cujas funções pró-sociais já incluem a formação de laços afetivos entre mães e filhos e entre namorados, a preferência sexual pelo parceiro e até a confiança em investidores. Em 2005, um estudo da Universidade de Zurique, na Suíça, mostrou que três borrifadas de ocitocina em cada narina de jovens universitários bastavam para deixá-los mais propensos a confiar todo seu dinheiro a banqueiros que teriam total poder de decisão sobre o valor a devolver ao investidor. Infelizmente, borrifar ocitocina no nariz dos banqueiros não os fazia pagar mais dividendos aos investidores. Faz sentido; decidir quanto dos lucros dividir com o investidor não é uma questão de confiança, já que o banqueiro não corre risco algum na transação. Dar ocitocina ao cérebro, por via nasal, só faz diferença quando a interação é social, entre pessoas reais, e envolve confiança. Agora, mais esta: segundo outro estudo da Universidade de Zurique, um pouquinho de ocitocina borrifada no nariz de casais prestes a começar uma discussão diminui a produção de cortisol, hormônio produzido em resposta ao estresse do bate-boca, e torna os casais mais propensos a "abrir seu coração" durante o arranca-rabo -talvez por deixá-los mais confiantes no parceiro, apesar dos pesares. Não estava no estudo, mas uns abraços antes da discussão devem surtir um efeito parecido: abraços são a alternativa natural -e bem mais agradável- ao vidrinho de ocitocina vendido na farmácia da esquina. Antes que você fique pensando em abraçar sua próxima vítima antes de discutir com ela, há um pequeno porém. De acordo com o estudo, pingar ocitocina no nariz não faz ninguém mudar de opinião sobre o conteúdo da discussão. Infelizmente... ou não!


(Folha de SP, 23/11)







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sábado, 3 de fevereiro de 2007

"Dificilmente você fará amizade com um Escorpião. Ele fará amizade com você. Isso pode ser uma sorte grande, mas pode ser uma infelicidade da qual você jamais esquecerá. Seletivos e desconfiados eles escolhem a dedo as pessoas que farão parte de seu grupo de amizades. Com poucos ele se abrirá, mas nunca totalmente Fiéis e exigentes, eles esperam a mesma atenção e dedicação dada por ele. Sempre prontos a proteger e favorecer seus amigos, não permite que outros os ataquem. Sensíveis e rancorosos, não suportam desfeitas e traições, e é difícil convencê-los de que você não teve esta intenção. Pense bem antes de fazer amizade com este pessoal de Escorpião. Como amigos são ótimos, mas como inimigos são melhores ainda."

Tirei o texto de uma comunidade do Orkut



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