segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Eu não gosto de me definir. Eu não gosto de definições. Mesmo porque nunca consegui. Não sei se sou mais pertubada ou pertubadora como você disse. Talvez seja uma coisa e outra. Nem uma coisa nem outra. Quem importa? Definições são limitadas. Asfixiantes. Eu prefiro a liberdade de não saber.De poder mudar. Experimentar. Provar o gosto...(Sentiu?) Mas o que eu quero que você saiba é que minha vida é muito maior do que vc pensa, maior que meu dia...E isso me traz uma angústia enorme. Sinto que as horas passam depressa demais sem que nada de especial seja feito. Talvez (eu disse talvez) o que eu precise aceitar é que essas simples horas me trazem o que necessito para um não-sei-o-quê que me move. Um não-sei-o-quê que eu intuitivamente sei o que é, mas que me nego a dizer com Medo de deixar de ser o que é e o que se tornará a ser, como por encanto. Se depois de ler tudo isso você não quiser dizer nada, não tem importância. Se você não diz nada é porque há muita coisa dentro de você. Mas isso eu já sei. Peço então que me estenda a mão. Pode ser?


Fernanda Mello



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